A ESTRELA DA NOITE

- Psiu!... Devagar!... Agora somente o silêncio é quem reina na Floresta de Poesia. Os bichinhos estão todos dormindo, encantados. E uma frouxa luz amarela protege a Cidade de Capim. As estrelas cadentes cruzam o céu, numa festa cintilante. Os sonhos nascem. São os guardiões da Floresta. Uma paz imensa envolve os corações que amam... São perfumes de flores... Risos de criança... Cantos de poeta em noite calma! Fiquem todos em paz... E que o amanhã desperte, na luz de um novo dia.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

O ANIVERSÁRIO DA LUÍZA

Um rockzinho na viola, pra Camila Granha..





A cigarra anunciou
Que tem festa no jardim,
Vai ter bolo com sorvete,
Nunca vi uma coisa assim.

Tudo, tudo preparado
Com cuidado e com carinho,
Tem presente embrulhado,
Espalhado no caminho.

É o primeiro aniversário
Da Luíza, a Joaninha,
Já estão até dizendo
Que é uma festa de rainha.

A cigarra anunciou,
Todo mundo pôde ouvir,
Nesta festa do jardim

Todo mundo pode ir.




- O que é uma joaninha - quis saber o Ratinho.

- Uma das melhores auxiliares dos agricultores – respondeu o Besouro. – As joaninhas são predadoras em nosso mundo. Eliminam os seres que são nocivos para as plantas, como pulgões e piolhos da folha. Vivem até 180 dias...

- E isso é muito? – Indagou a Baratinha.

- Para os humanos parece pouco, mas para nós equivale a quase dois séculos de existência.

- Que coisa!... – refletiu a Formiguinha.

- E, embora ela seja inofensiva, os humanos a machucam toda vez que utilizam agrotóxicos em plantações. Estes produtos são responsáveis pela morte de milhares de joaninhas.


Por isso, é preciso comemorar numa grande festa cada vez que encontramos uma delas. 


HISTÓRIAS DE UM VELHO BESOURO

UM Velho Besouro, muito experiente, contou consciente mil coisas estranhas no lado de lá. Os outros, mais jovens, ouviram atentos e por certos momentos diziam: - Será?

- Sim - respondia o Besouro. - Andei longes terras, vi coisas de serras e coisas do mar.


- Quais coisas? - perguntou uma Baratinha urbana muito curiosa.



- Muitas coisas - explicava o Velho. - Estrelas, luares... Vi prédios e casas de vários andares. Vi carros e asfaltos em muitos lugares. Navios, planaltos, planícies e matas. Desertos, oásis, riachos e cascatas. Estradas de pedra e estradas de chão.

- Até avião! - disse rindo um Calanguinho.

- Certamente - respondeu o besouro -, mas pelo que vejo isso não é nenhuma novidade por aqui. Na cidade grande não faltam aviões e helicópteros.

- E carros! - completou uma Formiguinha muito sabida. - Tantos que é até difícil de atravessar a rua.

- O que mais o senhor viu? - quis saber um Ratinho miúdo, que até então apenas ouvia a conversa.

- Vi povos distantes, de várias culturas: da Grécia os costumes e a filosofia. Vi a geografia de cada lugar. Subi em montanhas, em longas alturas. Vi neves e polos, portos e ilhas. Fui às Antilhas, andei longas milhas, por trilhas e trilhas, da China ao Egito, nas altas pirâmides. De Roma às estradas de Jerusalém.

- Isso tudo?! - assustou-se o Calanguinho.

Continuava o besouro:

- Do norte, com sorte. Do sul, leste e oeste eu já fui também. Pelos continentes vi mundos e gentes de cor diferente - de peles vermelhas, negras e brancas. Subi em barrancos, voei pelas nuvens. Li pingos e livros e dancei com a brisa..., parei na janela daquele edifício. - Apontava para um enorme prédio ao longe.

- Ah! Aquilo lá eu conheço - disse o Calanguinho.  - Já fui algumas vezes naquele pedaço. Ainda outro dia fui tirado de lá a pontapé.

Os outros bichinhos riam de doer a boca, enquanto o Velho Besouro se ajeitava, sentado numa tampinha de garrafa. Aprumava o corpo e descansava o olhar em direção ao por do sol, que descia lentamente entre prédios, torres, antenas e montanhas alaranjadas da cidade grande.
- Em que o senhor está pensando? - perguntou a Baratinha.


- Na casa dos humanos - disse o Besouro. – Por aqui vejo perigos que podem ser nocivos a todos nós.

- Que perigos? - indagou o Ratinho.

- Vocês nasceram aqui na cidade, cresceram adaptados com este clima, com esta poluição sonora e visual, com este ar diferente...

- Existe outro ar? - indagou a Formiguinha.

- Sim! - respondeu o Besouro. - Existe um ar bem mais puro, não contaminado pelas fumaças dos carros e das fábricas.

- Mas, sem carros e fábricas não existiria cidade grande - retrucou duvidoso o Ratinho.

- Talvez - disse o Velho. – Hoje, belas criações da natureza, como as árvores e os rios, não conseguem viver...

- Como são cruéis! - disse a Baratinha tremendo de medo.

- Nem todos são assim - continuou o Besouro. - Algumas pessoas lutam a vida inteira para proteger a natureza. Infelizmente são poucas. A maioria dos homens não consegue viver sem causar algum tipo de morte ao seu redor.

- Ora! Cada vez que alguém joga lixo num rio, está destruindo a casa de muitos seres vivos.

- Casa dos peixes!!! - falou bem alto o Calanguinho

- Não consigo entender o que leva o homem a destruir tanto o lugar onde vive - disse num profundo lamento a Baratinha.

- Para facilitar a vida - respondeu o Ratinho.

- Coisas do mundo dos homens - disse o Calanguinho.


A tarde avermelhada ia caindo vagarosamente naquele pedacinho de chão, onde estava o Velho Besouro, sentado em sua tampinha de garrafa, com o chapéu ao colo e a bengala entre as mãos, tendo em volta a Baratinha, de pé, com as mãos na cintura, o Ratinho todo encolhido perto da Formiguinha e o Calanguinho com as pernas cruzadas e as mãos no queixo, com ar de sabido.
 (...) 



 O Besouro olhava sempre ao longe, como que buscando no infinito a primeira estrela da tarde, a anunciar a saudade e as canções de uma terra distante, de um olhar amigo ou até mesmo de um amor.  Em torno do grupinho via-se uma latinha de coca-cola vazia, em pé, servindo de muro. Uma tampinha de caneta, onde a Formiguinha encostava o pequeno corpinho frágil. Uma velha caixinha de fósforo, jogada fora e, ao fundo, prédios, ruas, pontes, postes, torres e outras coisas estranhas de cidade grande.

De repente, a Baratinha se assustou:

- Cadê o riacho? - disse interrogativa, olhando para um filete de água que descia da montanha.

- O riacho fugiu... - respondeu o Besouro.

- Cadê a floresta? - tomou a vez o Ratinho. - Só vejo casas e prédios.

- Isso é muito triste - lamentou-se a Formiguinha.

- Ainda existe um lugar...

- Que lugar é esse? - perguntou a Formiguinha, levantando apressada da sua tampinha de caneta.

O Besouro respondeu:

- Vê além, muito além daqueles prédios, daquelas serras e montanhas?

- Sim - respondeu o Calanguinho.

- Lá ao longe - tornou o Besouro -, lá onde surge a primeira estrela da tarde, onde a brisa descansa suas asas, lá existe a Floresta de Poesia.

- Eu consigo ver a Estrela - falou muito alegre o Calanguinho.

- Nós também estamos vendo - disseram os outros três bichinhos.








- Quando a Estrela aparece, muitas vidas podem ser transformadas. É a paz. A esperança de um dia melhor... Sabedoria e Fé.

Lá, embaixo daquela Estrela, é que existe a Floresta de Poesia, a Cidade de Capim.

- Conta pra gente algumas histórias desse lugar - pediu a Formiguinha, tendo o apoio do Calanguinho, do Ratinho e da Baratinha.


E o Velho Besouro começou a narrar as aventuras dos bichinhos da Floresta de Poesia.




APRESENTAÇÃO (Por Edmundo de Carvalho)

O tema escolhido por Wagner Fernandes é oportuníssimo. O autor trata a contradição do modelo de desenvolvimento com a consciência de professor de literatura e a sensibilidade de poeta e músico que congrega em si. Vê o ponto de vista do ser urbano e transporta-se, ao mesmo tempo, para o mundo silvestre. Wagner se faz de Velho Besouro para dar alma e fala a animais que dialogam sobre os dois lados da civilização. Uma crítica ao modelo consumista, em contraste com a exuberância da Floresta que por si só é pura Poesia.

Na cidade grande é que a fábula tem início. Os animais, que lá vivem, sem perceber o fardo que carregam, são despertados pela sabedoria de um Besouro, que os põe a pensar, dialogar, buscar e construir um mundo melhor.

O lugar em que o verde nunca morre é o reduto do poeta e do compositor, que se unem em um só e compõem diversas modinhas, interpondo ritmos e estilos diferentes, às vezes rurais, às vezes modernos, mas que, magistralmente, trazem as coisas da natureza ao domínio deste belíssimo musical.


Não se esqueceu de pôr uma pitada de romance na relação dos personagens, que vão extraindo da floresta e movimentando um cenário, ao mesmo tempo, encantado e real: A formiga Elizabeth que se enamorou do Vaga-lume, dançou forró e Reggae; pôs serenata em roda de amigos; viola; festa de aniversário; e trabalho de abelha fazendo mel. E falou do marimbondo professor, muito a propósito da pouco reconhecida profissão de professor.

Faz um remelexo com violão, violeta e violação para criar metáfora com o “vento” que vem “forte” e deixa as flores no chão, alusão certa a um assunto que está na pauta: as catástrofes nucleares.

E, oportunamente, termina o musical cantando a esperança que sempre há guardada no coração dos justos, valendo-se de um verso que espanta o mal na fala do Velho Besouro: “enfim o tal velho pediu pra que a brisa guardasse o segredo do lado de cá, que o tempo levasse pra longe os murmúrios (sofrimentos – grifo meu) do lado de lá.”                                       

  (Edmundo de Carvalho na casa de Wagner Fernandes Fonseca e Idalina Sabadine, em 2004)

Edmundo de Carvalho[1]. Silveiras, 04 de maio de 2011.



[1] Edmundo de carvalho (22/10/1949) é autor do livro de contos TRAVESSIA.  Formou-se em Engenharia e trabalhou na Fábrica de Vagões, em Cruzeiro, SP. Em São José dos Campos, onde morou por 35 anos, foi vice-prefeito, Secretário de Planejamento, Secretário do Meio Ambiente e Presidente da Fundação Cultural Cassiano Ricardo. Mora, atualmente, em Silveiras-SP, sua cidade natal.

AS CANÇÕES DO VAGA-LUME (Para César Fernandes Fonseca, Luciana Fidalgo, Elisa, Camila e Isabela)

VEJA ao longe despontando a lua errante. Já é noite na Floresta de Poesia.
O céu está límpido e suave. Uma imensa variedade de bichinhos alados começa a enfeitar a Cidade de Capim, iluminando a escuridão do vale e trazendo alegria para a Floresta.
Os pirilampos fazem no ar um bailado de pisca-pisca. Enquanto isso, as crianças dormem...  E sonham...

É uma verdadeira festa:

As estrelas lembram o amigo vaga-lume e sua doce canção. Canção da alma, canção de flores, canção de amores...

Lembro-me perfeitamente do dia em que ele chegou de repente, dentre as folhagens. Eu estava encostado na raiz-pé de um velho jequitibá, respirando o ar puro e fresco do sertão...

- Senhor Besouro - disse-me ele -, gostaria de lhe mostrar uma música que fiz, se isso não o incomodar, é claro.

- De forma alguma me incomoda - respondi.  - Meus ouvidos estão abertos para apreciar a boa arte.

E o vaga-lume, pegando uma pétala de margarida amarela, começou a cantar:

A estrela de prata
Brilhou na cascata
Depois da lagoa.
Que coisa bonita
É a folha que agita
Depois da garoa.

A noite desponta
E eu nem faço conta
De quantas estrelas
Existem no céu.

Que coisa bonita,
Depois da garoa
A vida tão boa
É um favo de mel...
Um favo de mel...

  
- Perfeito - disse a ele. O que mais me impressionou foi a simplicidade dos versos. Ser simples como uma folha que nasce e um rio que corre... Eis aí um grande mistério... 

Fábula dedicada a César Fernandes Fonseca, meu irmão:

Poeta, músico autodidata e técnico em radiologia (sua profissão). Desde a infância se interessava por violão e pela música popular brasileira, recebendo influências diversas, de Toquinho a Badem Powell, Djavan a Alceu Valença. Estudou violão com recursos próprios e, assim, foi criando e recriando formas, melodias, harmonias. César é quem primeiro teve a ideia de transformar os poemas da FLORESTA DE POESIA em músicas infantis. Escondia-se no quarto e logo saía com a canção já embalada. 


Musicou os poemas: Floresta de Poesia, O Grilo Seresteiro, A canção do Vaga-lume, O baile na lagoa (Reggae na lagoa) O Sapo Marco Antônio e o Mosquito Feijão.


Em dezembro de 2005 realizamos o musical no Centro Cultural Carlos Cheminand  e na Igreja da Matriz, com crianças da CASA DA CRIANÇA DE BANANAL. Trabalho desenvolvido com Márcia Cheminand, Lalau, Paulo Jaime, Rachide, Elisa Valiante Guarizi  e Luciana Fidalgo.


Em parceria, fizemos as canções: Brincadeira na Floresta,
Desenhos no Chão e A formiga Elizabeth.


César é responsável também pelos arranjos das músicas e organização do repertório e apresentações.


A canção acima, numa brincadeira em casa, com nossa sobrinha Isabela Granha, chama-se "O baile na lagoa", rebatizada de "Reggae na lagoa", é uma homenagem a Bob Marley, com ritmo contagiante, transmitindo alegria e o espírito de comunhão que existe na FLORESTA DE POESIA.

César forma com Luciana Fidalgo uma grande parceria, alternando as vozes entre o grave e o agudo, conseguem expressar emoções singelas dos bichinhos da CIDADE DE CAPIM. 


Luciana é nossa amiga desde a adolescência, uma grande cantora e pessoa de rara sensibilidade. Formada em Artes, professora, atualmente mora em Silveiras, onde trabalha. entrou em contato com a FLORESTA DE POESIA por volta de 2003, desde então é parte fundamental do grupo, presente nas apresentações e lançamentos.


O grilo Seresteiro é uma das canções que Luciana mais gosta, juntamente com "A canção do Vaga-lume". A ela, com todo carinho...



Na figura acima vemos também Isabela Granha e Camila Granha, minhas sobrinhas. As meninas entraram para a equipe musical e aprenderam a ler com as cantigas do livro.



Esta é a Camila Granha. Moreninha cor de jambo e de olhos de jabuticaba. Para ela dediquei o Rockzinho "O aniversário de Luíza", pois a canção fala de uma joaninha e Camila é defensora dos animais e outros bichinhos. 




Isabela Granha é a irmã mais velha, leitora espetacular e menina de muito talento musical. Voz afinada e na alegria de sempre... Tem diversos poemas do livro dedicados a ela, como "A abelhinha Jasmim". Os vídeos abaixo são partes de um ensaio para o musical:

Melhores amigos:


Floresta de Poesia:



Elisa Valiante Guarizi também é homenageada pela FLORESTA DE POESIA, cantou parte das peças em 2005, numa apresentação com a Casa da Criança, de Bananal. A ela "O poema para Elisa":


E a aventura continua...

MURMÚRIOS DO LADO DE LÁ

- NÃO entendo como algumas pessoas conseguem morar tão mal, em casa caindo uma por cima da outra.   - disse a Baratinha, olhando para um vilarejo no alto de um morro.

- Os homens não sabem construir sua moradia - completou o Ratinho.

E o Velho Besouro ajeitou-se sobre uma folha de capim:

- Muitas vezes as pessoas são obrigadas a viver em situações de risco.

- Como pode isso? - perguntou o Calanguinho.

- Ora!  - disse o Besouro. - Os seres humanos se dividem em classes: superior, média e inferior. De forma que, enquanto uma pequena minoria possui muitas casas e terras, grande parte deles vive com dificuldades.

- Ventos distantes contaram sobre pessoas que dormem embaixo de pontes, em viadutos, praças e calçadas - disse admirada a Formiguinha.

- A grande diferença social... - lamentou o Besouro.  É o mundo dos homens. Já faz muito tempo... Eu era muito jovem...



Eu andei longes terras...

Então, olhando para o poente, deixou que suas asas se abrissem e partiu, acenando para os outros bichinhos...

E cada um, à sua maneira, seguiu em direção à Floresta...


Um velho besouro,
Muito experiente,
Contou consciente
Mil coisas estranhas
Do lado de lá.
Os outros, mais jovens,
Ouviram atentos,
Por certos momentos
Diziam: “ -  Será?!”

O velho besouro
Falou de cidades,
De prédios, de casas,
Usinas, maldades.
Falou de guerrilhas,
Combates, canhões,
De armas que ferem
Civilizações,
Que os homens constroem
Suas próprias prisões.

E dizem: “- Progresso,
Um viva ao futuro!...”
Meu Deus, que tristeza!
Que passo no escuro!

E enfim o tal velho
Pediu pra que a brisa
Guardasse o segredo
Do lado de cá,
Que o tempo levasse       
Pra longe os murmúrios
Do lado de lá.


quinta-feira, 30 de julho de 2015

O ANIVERSÁRIO DA LUÍZA (Com Isabela Granha)

A cigarra anunciou
Que tem festa no jardim,
Vai ter bolo com sorvete,
Nunca vi uma coisa assim.

Tudo, tudo preparado
Com cuidado e com carinho,
Tem presente embrulhado,
Espalhado no caminho.

É o primeiro aniversário
Da Luíza, a Joaninha,
Já estão até dizendo
Que é uma festa de rainha.

A cigarra anunciou,
Todo mundo pôde ouvir,
Nesta festa do jardim
Todo mundo pode ir.

FLORESTA DE POESIA (Com César Fonseca e Isabela Granha)


As folhas passam, leva-as o vento – só a árvore parece eterna.
Monteiro Lobato

- CADÊ o riacho?
- O riacho fugiu,
Correu pra floresta
E o homem nem viu.

- Cadê a floresta?
- O homem feriu
O verde da mata
Que um dia sorriu.

Mas tem um lugar
Em que o verde descansa
E brinca de sonho
Na cor da esperança.

É o reino das flores,
Das fadas, da dança,
De toda poesia
Do mundo criança.

___________

- Agora – disse o Besouro.  – Vocês deram o primeiro passo.
- E até onde iremos? – Perguntou a Baratinha.
- Nunca se sabe... – respondeu o Besouro.

- Depressa! – Agitou-se o Calanguinho. – Vejo adiante uma cidade toda feita de folhas.

POEMA PARA ELISA

Recitado na apresentação Floresta de Poesia – Casa da Criança,  no Centro Cultural Carlos Cheminand, em Bananal - SP, em agradecimento a Elisa Valiante Guarizi, que cantou parte das peças do musical. Dezembro de 2005.

Quando ela vai chegando
Deixa a lua adormecer,
É uma estrela que desponta
No Vale do Amanhecer.

Dentre as flores do riacho
Uma pétala desliza...
Um suave e doce aroma
Numa flor se concretiza
É que a Natureza, em festa,
Abre os braços para Elisa.


Novo dia vai surgindo
Na alegria da Floresta
E na voz da cachoeira
Branco lírio faz seresta.

O orvalho então caminha,
Todo amor sensibiliza.
Para o encanto da manhã
Que no olhar se cristaliza,
Deixa a natureza em festa
E estes versos para Elisa.

MELHORES AMIGOS (Cantiga do Vento e da Rosa, com Isabela Granha)

MELHORES AMIGOS

O vento chegou
Beijando uma rosa
Que é uma menina
Muito vergonhosa.
A rosa ficou
Um pouco vermelha,
Com medo da irmã
Que era mais velha.

O vento explicou
A situação,
Falou que o amor
É um bom coração.

Por isso caminha
Por todo o jardim,
Melhores amigos


Só chegam assim...

HISTÓRIA, LANÇAMENTOS, HOMENAGENS E OPINIÕES SOBRE A OBRA

2000 a 2001 - Wagner Fernandes Fonseca escreve as fábulas (todos os poemas e parte dos textos em prosa) e dá nome ao projeto: FLORESTA DE POESIA.


  (Wagner em 2015, Lorena - SP)

2001 - A professora Idalina Sabadine dos Santos, recebeu alguns poemas digitados, outros manuscritos, contendo parte de uma obra que estava nascendo. Dei o nome de FLORESTA DE POESIA a este cancioneiro. Os textos foram trabalhados com os alunos do Colégio Zenóbia e, em 2002, Idalina montou um recital no Centro Cultural Carlos Cheminand, em Bananal SP, com a publicação artesanal de 100 exemplares do livro. A coreografia foi feita pela professora Alice Salles, a partir da Suíte O QUEBRA-NOZES, de Tchaikovsky


(Idalina Sabadine dos Santos, em 2012, Bananal -SP)

2002 - 1ª EDIÇÃO - FLORESTA DE POESIA

Organizada por Adriel Vidal Sabadine.

Capa e Contracapa da edição artesanal: Idalina Sabadine, Jerusa Nemetala e alunos do Colégio Zenóbia de Paula Ferreira.





Adriel Vidal - em 2014 e 2015:





2002 - RECITAL FLORESTA DE POESIA - Centro Cultural Carlos Cheminand, Bananal -SP



As fadas: Beatriz, Silmara, Simone, Rita, Leticia, Nathalia, Nayana, Jessica, Gleice, Vanessa, Marcela, Daniele, Bruna e Jussara. Duende: Claudiano


“Nossa! Que época gostosa! Viva o teatro... onde pude ser fada e bruxa ao mesmo tempo”

Bruna Servino, outubro de 2014.





2002 – COLÉGIO NOGUEIRA COBRA, Bananal, SP. No encerramento do Projeto PROFA (Programa de formação de professores alfabetizadores, ações educativas de alfabetização, ensino fundamental, educação infantil e EJA).


Professores responsáveis: Alan Sabadine, Mônica Rodrigues e Luiza Helena.




2002 a 2003 - Wagner Fernandes Fonseca e César Fonseca transformam parte dos poemas em músicas e convidam Luciana Fidalgo para o 1º Ensaio da FLORESTA DE POESIA.



                                           (Wagner, César e Luciana, em 2003)

2005 - Dezembro - APRESENTAÇÃO MUSICAL "FLORESTA DE POESIA", COM A CASA DA CRIANÇA, CENTRO CULTURAL CARLOS CHEMINAND - BANANAL -SP

(Trabalho desenvolvido com Márcia Cheminand, Paulo Jaime, Lalau, Rachide, César Fernandes Fonseca, Elisa Valiante Guarizi e Luciana fidalgo e Wagner Fernandes Fonseca).

2005 - MISSA DAS CRIANÇAS -  IGREJA DA MATRIZ , EM BANANAL - SP

NATAL DA FLORESTA DE POESIA - Com César Fernandes Fonseca e Wagner Fernandes Fonseca - Apresentação musical das peças: O grilo Seresteiro, Brincadeira na Floresta, O sapo Marco Antônio e o Mosquito Feijão e A formiga Elizabeth. 


2009 - COLÉGIO ZENÓBIA - BANANAL -SP





2014 - 2014 – COLÉGIO JOAQUIM FRANCISCO DE PAULA – Rancho Grande, Bananal, SP. 1ª Feira Cultural.

Professor Responsável: Alan Sabadine.


(Professor Alan Sabadine lê a biografia do autor)


Wagner Fernandes Fonseca - Apresentando "Melhores Amigos".

(Recital com Maria Fernandes Araujo)


205 - LANÇAMENTO EM LORENA - Wagner Fernandes Fonseca recebe o Diploma de Membro Correspondente da ALLARTE (Academia de Letras e Artes de Lorena). Cadeira Nº 1 - Patrono: Jorge Amado.
Presidente da ALLARTE: Ildebrando Pereira da Silva.



(Camila Granha)

(Wagner Fernandes Fonseca)

(Wagner Fernandes Fonseca e Rosana Cabral)


(Isabela Granha)

(Foto com os amigos de Bananal)

“Hoje me embrenhei pela “Floresta de poesia” e descobri maravilhas pelas trilhas por onde passei. Vi mensagens de otimismo, de civilidade de educação, de princípios morais do amor pela vida, pela natureza e pelo próximo. Encontrei marcas profundas de preocupação com os problemas ambientais e diferenças sociais. Caminhei, vivi e sonhei. Vi um paraíso repleto de luz, arte, poesia e encantos E diante de tanta magia senti uma infinita vontade de ser habitante daquele lugar.
Foi uma leitura muito agradável. Comecei e só parei na última página. Lembro-me que até hoje isso só tinha acontecido com dois livros: O pequeno príncipe e Fernão Capelo Gaivota.
Parabéns pelo magnífico trabalho!”

Ildebrando Pereira da Silva – Presidente da Academia Lorenense de Letras e artes - ALLARTE




(Wagner e Ildebrando Pereira - Presidente da Allarte)






2015 - HOMENAGEM DO COLÉGIO NOGUEIRA COBRA
Organizado pelos professores: Samandal Izoldi, Rosalina Rodrigues e Flávia Rodrigues.



(Idalina, Wagner e Joana D'arc Sabadine)










(Flavinha, Rosalina, Idalina, Wagner e Márcia)

(Professora Flávia Rodrigues)









MARÇO DE 2015 - NA ESCOLA DE RIO CLARO
Homenagem ao dia da Poesia - Poeta na escola.
(Com Tom, amigo da Floresta)



(Tom e Wagner)

(Tom recitando "A abelhinha Jasmim)








COM O ESCRITOR EDMUNDO DE CARVALHO 
(Que escreveu a apresentação do Floresta de Poesia)


(Wagner e Edmundo - um lê a obra do outro)


(Edmundo em discurso na Allarte)



2014 - 2015 - NA LIVRARIA FOLHETIM, EM BARRA MANSA






PERSONAGENS CRIADOS PELA ARTISTA ANDRÉA ALBERNÁZ





Professores Ivonete Fonseca e Samandal Izoldi entregam o livro de fábulas FLORESTA DE POESIA para o governador Geraldo Alckmin.







OPINIÕES SOBRE A OBRA


João Araújo - Viola Urbana - músico, produtor e gestor cultural.

Professor,  recebi ontem o livro... Moço, que belezura! Muito obrigado! Parabéns e que Deus continue te abençoando, viu? Abraços!


Ildebrando Pereira da SilvaPresidente da Academia Lorenense de Letras e Artes, ALLARTE – Lorena - SP.

Boa noite, Wagner. Obrigado pelo belíssimo presente.
Hoje me embrenhei pela “Floresta de poesia” e descobri maravilhas pelas trilhas por onde passei. Vi mensagens de otimismo, de civilidade de educação, de princípios morais do amor pela vida, pela natureza e pelo próximo. Encontrei marcas profundas de preocupação com os problemas ambientais e diferenças sociais. Caminhei, vivi e sonhei. Vi um paraíso repleto de luz, arte, poesia e encantos E diante de tanta magia senti uma infinita vontade de ser habitante daquele lugar.
Foi uma leitura muito agradável. Comecei e só parei na última página. Lembro-me que até hoje isso só tinha acontecido com dois livros: O pequeno príncipe e Fernão Capelo Gaivota.
Parabéns pelo magnífico trabalho!
Precisamos fazer um lançamento aqui em Lorena na Sessão de fevereiro.
Grande abraço!


Julio Bicalho – Empresário, Contagem - MG


Rapaz que livro bacana, li ontem do principio ao fim, entrei noite a dentro me deliciando com o universo infantil dele, com o Besouro, Carolina (a jabuticaba), o mosquito Feijão, a formiga Elizabeth, Luiza (a Joaninha), o Coelho Vicente , a Lagartixa Joana... Viajei no mundo infantil, de rara inspiração e meiguice... Muito lindo viu Wagner Fernandes Fonseca... Muito bom ver que ainda existem jovens, como você, com esta sensibilidade. Parabéns de novo! Olha, a minha neta, já está com 14 anos e está já interessada em assuntos teens, mas com certeza, espero ter a oportunidade de viajar com o Felipe, meu neto de sete meses, quando chegar o momento, nas páginas do seu livro... Abraço.

Ondina Valiante – Professora e Pedagoga, Cruzeiro - SP

Do meu poeta preferido Wagner Fernandes Fonseca, chegando esse livro primoroso, não falarei mais nada para não roubar de vcs AMIGOS o encanto de descobrir essa Florestas com seus deliciosos personagens! Leiam, ou melhor, mergulhem nessa fantasia maravilhosa!!!


Syleide NascimentoProfessora de Língua Portuguesa, Barra Mansa – RJ.

Já li seu livro! Realmente maravilhoso, de uma simplicidade que o faz riquíssimo. Ao começar, não consegui parar, tive que ir até o fim numa tacada só.
Você está super de parabéns!!!

Antonio Carlos Da Silva JuniorDentista, Bananal – SP.

     Wagner ! Estamos muito felizes vendo seu trabalho saindo para encantar os leitores ! A Alana já está lendo trechos aqui muito satisfeita ! Estamos ansiosos para buscar o nosso! Parabéns para você e para a Idalina ! Abcs ! Ton


Elisa Valiante Guarizi  - Fisioterapeuta – Bananal – SP.
    
Olá Wagner! Venho com muita alegria agradecer a vc e Idalina pelo livro!! Parabéns a vcs pela iniciativa e me emocionei ao relembrar a bonita apresentação no Centro Cultural e ao ver a "minha" poesia!
Muito obrigado! Elisa, Raphael e Emanuela!
Nossa, q legal!!!! Parabéns mais uma vez!! E havendo oportunidade a gente canta sim!!! 
Um grande abraço!!


Jose Alfredo Evangelista Evangelista (Lorena) -  Caro acadêmico Wagner! Agora são 23,40hs... Estou sentado na minha área, tomando a fresca e terminando o seu belíssimo e lúdico livro que me transportou nas límpidas águas de uma realidade tão pura e cristalina! No caminho me vi fazendo parte junto com os "bichinhos" lídimos habitantes da FLORESTA DE POESIA!... Tua obra é plena de paz e harmonia, características da obra da criação, do tão agredido meio ambiente... Das belezas das águas correntes e frescas que serpenteiam por entre as montanhas... Notável os diálogos entre os "bichinhos" e toda a alegria da FLORESTA em festa! Enfim... ler o seu "FLORESTA DE POESIA" é um convite a dormir e sonhar com tantas maravilhas que o homem desconhece existir mas que as encontramos no livro! Grande abraço e meus cumprimentos pelo belo trabalho!



Wagner Fernandes Fonseca - 2015