A ESTRELA DA NOITE

- Psiu!... Devagar!... Agora somente o silêncio é quem reina na Floresta de Poesia. Os bichinhos estão todos dormindo, encantados. E uma frouxa luz amarela protege a Cidade de Capim. As estrelas cadentes cruzam o céu, numa festa cintilante. Os sonhos nascem. São os guardiões da Floresta. Uma paz imensa envolve os corações que amam... São perfumes de flores... Risos de criança... Cantos de poeta em noite calma! Fiquem todos em paz... E que o amanhã desperte, na luz de um novo dia.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

AS CANÇÕES DO VAGA-LUME (Para César Fernandes Fonseca, Luciana Fidalgo, Elisa, Camila e Isabela)

VEJA ao longe despontando a lua errante. Já é noite na Floresta de Poesia.
O céu está límpido e suave. Uma imensa variedade de bichinhos alados começa a enfeitar a Cidade de Capim, iluminando a escuridão do vale e trazendo alegria para a Floresta.
Os pirilampos fazem no ar um bailado de pisca-pisca. Enquanto isso, as crianças dormem...  E sonham...

É uma verdadeira festa:

As estrelas lembram o amigo vaga-lume e sua doce canção. Canção da alma, canção de flores, canção de amores...

Lembro-me perfeitamente do dia em que ele chegou de repente, dentre as folhagens. Eu estava encostado na raiz-pé de um velho jequitibá, respirando o ar puro e fresco do sertão...

- Senhor Besouro - disse-me ele -, gostaria de lhe mostrar uma música que fiz, se isso não o incomodar, é claro.

- De forma alguma me incomoda - respondi.  - Meus ouvidos estão abertos para apreciar a boa arte.

E o vaga-lume, pegando uma pétala de margarida amarela, começou a cantar:

A estrela de prata
Brilhou na cascata
Depois da lagoa.
Que coisa bonita
É a folha que agita
Depois da garoa.

A noite desponta
E eu nem faço conta
De quantas estrelas
Existem no céu.

Que coisa bonita,
Depois da garoa
A vida tão boa
É um favo de mel...
Um favo de mel...

  
- Perfeito - disse a ele. O que mais me impressionou foi a simplicidade dos versos. Ser simples como uma folha que nasce e um rio que corre... Eis aí um grande mistério... 

Fábula dedicada a César Fernandes Fonseca, meu irmão:

Poeta, músico autodidata e técnico em radiologia (sua profissão). Desde a infância se interessava por violão e pela música popular brasileira, recebendo influências diversas, de Toquinho a Badem Powell, Djavan a Alceu Valença. Estudou violão com recursos próprios e, assim, foi criando e recriando formas, melodias, harmonias. César é quem primeiro teve a ideia de transformar os poemas da FLORESTA DE POESIA em músicas infantis. Escondia-se no quarto e logo saía com a canção já embalada. 


Musicou os poemas: Floresta de Poesia, O Grilo Seresteiro, A canção do Vaga-lume, O baile na lagoa (Reggae na lagoa) O Sapo Marco Antônio e o Mosquito Feijão.


Em dezembro de 2005 realizamos o musical no Centro Cultural Carlos Cheminand  e na Igreja da Matriz, com crianças da CASA DA CRIANÇA DE BANANAL. Trabalho desenvolvido com Márcia Cheminand, Lalau, Paulo Jaime, Rachide, Elisa Valiante Guarizi  e Luciana Fidalgo.


Em parceria, fizemos as canções: Brincadeira na Floresta,
Desenhos no Chão e A formiga Elizabeth.


César é responsável também pelos arranjos das músicas e organização do repertório e apresentações.


A canção acima, numa brincadeira em casa, com nossa sobrinha Isabela Granha, chama-se "O baile na lagoa", rebatizada de "Reggae na lagoa", é uma homenagem a Bob Marley, com ritmo contagiante, transmitindo alegria e o espírito de comunhão que existe na FLORESTA DE POESIA.

César forma com Luciana Fidalgo uma grande parceria, alternando as vozes entre o grave e o agudo, conseguem expressar emoções singelas dos bichinhos da CIDADE DE CAPIM. 


Luciana é nossa amiga desde a adolescência, uma grande cantora e pessoa de rara sensibilidade. Formada em Artes, professora, atualmente mora em Silveiras, onde trabalha. entrou em contato com a FLORESTA DE POESIA por volta de 2003, desde então é parte fundamental do grupo, presente nas apresentações e lançamentos.


O grilo Seresteiro é uma das canções que Luciana mais gosta, juntamente com "A canção do Vaga-lume". A ela, com todo carinho...



Na figura acima vemos também Isabela Granha e Camila Granha, minhas sobrinhas. As meninas entraram para a equipe musical e aprenderam a ler com as cantigas do livro.



Esta é a Camila Granha. Moreninha cor de jambo e de olhos de jabuticaba. Para ela dediquei o Rockzinho "O aniversário de Luíza", pois a canção fala de uma joaninha e Camila é defensora dos animais e outros bichinhos. 




Isabela Granha é a irmã mais velha, leitora espetacular e menina de muito talento musical. Voz afinada e na alegria de sempre... Tem diversos poemas do livro dedicados a ela, como "A abelhinha Jasmim". Os vídeos abaixo são partes de um ensaio para o musical:

Melhores amigos:


Floresta de Poesia:



Elisa Valiante Guarizi também é homenageada pela FLORESTA DE POESIA, cantou parte das peças em 2005, numa apresentação com a Casa da Criança, de Bananal. A ela "O poema para Elisa":


E a aventura continua...

2 comentários:

  1. Excelente trabalho...ao meu ver esta criança já nasce sabendo caminhar! O melhor de tudo, é que esta criança também sabe que o caminho da humildade nos leva às estrelas.

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  2. "Quando chegou a noite, a lua clareou o céu e as estrelas brilharam intensamente. A “sementinha em folha” viu que ainda havia muita coisa para conhecer e amar. E, mesmo que viesse a sofrer por isso muitas vezes, valeria à pena.

    Sim, valeria à pena doar todo o seu perfume e toda a sua essência aos braços do infinito céu azul, cheio de mistérios e estrelas cintilantes."

    "As três sementinhas", fábula da Floresta de Poesia, página 27.

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